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Evangelho Segundo Lucas

Título

Traz o nome do próprio autor e é o único livro do Novo Testamento escrito por um gentio. Possui menos capítulos que o evangelho de Mateus, porém, é o mais longo, porque seus capítulos são maiores.

Autoria e Data

É de Lucas, “o medico amado” (Cl 4.14) e companheiro do apostolo Paulo a partir de sua segunda viagem missionária (o pronome “nós”, empregado em At 16.10 e Tm 4.11, confirma isso). A maior base interna para afirmar que Lucas é o autor deste evangelho e do livro de Atos advém de seus próprios prólogos (Lc 1.1-4 e At 1.1), que apresenta o mesmo destinatário, Teófilo. Neste contexto, o evangelho de Lucas figura como se fosse a primeira parte de uma historia em dois volumes.
Alem dessas evidencias internas, temos os ensinamentos da tradição da Igreja desde o século 2º da Era Cristã, conforme nos transmitiu Irineu, Justimo Mártir e o Cânon Muratori. A data de sua composição ocorreu entre os anos 58 e 65 d.C., aproximadamente.
Pelo prólogo, podemos verificar que Lucas fez uma minuciosa pesquisa histórica durante os dois anos em que Paulo permaneceu em Cesareia, quando, então, teve tempo para levantar documentos e fazer contato com testemunhas oculares (At. 24.27).

Assunto

Assim como alguns dizem Marco é o evangelho de Pedro, outros afirmam que Lucas é o evangelho de Paulo. As enfazes apresentadas nestes registros fazem que seja reconhecido como “evangelho dos gentios”. Primeiramente, Lucas tinha em mente, quando escreveu seu evangelho, a cultura grega. O grego viva em busca do homem perfeito, que poderia servir de modelo para a humanidade. Lucas busca apresentar Jesus como o “homem universal”. Diferente de Mateus, retrocede a genealogia de Jesus até Adão e não somente até Abraão.
Dá enorme ênfase aos gentios. Muito do material exclusivo deste livro destaca tanto os samaritanos quanto os gentios. A referencia de Jesus à viúva de Sarepta (4.26) e a Naamã (4.27), o sírio, instigou ódio nos judeus. A parábola do bom samaritano (10.25-37) e a cura dos dez leprosos (17.11-37) são amostras de sua preocupação com os gentios.
Outro ponto de grande destaque é a ênfase conferida ao respeito às mulheres (8.2;23.27;24.22). a referencia (8.1-3) é uma passagem exclusiva, assim como o texto que narra sobre a viúva de Naim (7.11-17). Também faz menção às crianças (7,32;18.15,16), aos pobres e oprimidos, de modo geral (7.22,14.13,18.22,19.8).
Um dos temas que atravessam todo o livro esta relacionado a viagens a Jerusalém. Por conta disso, alguns já chegaram a descrever este evangelho como um diário de viagem.
O espírito Santo é outro ponto extremamente enfatizado. Só nos primeiros capítulos aparecem sete referencia à terceira pessoa da Trindade.

Ênfase

Lucas, como já dissemos, testifica a respeito da humanidade de Cristo. É o único evangelho que narra o episodio do templo, quando Jesus tinha apenas doze anos (2.41-52). Alguns, baseados no fato de que a próxima referencia a Jesus ocorre somente quando Ele já havia completado trinta anos (3.23), insistem em afirmar que o Senhor teria feito uma suposta viagem ao Oriente. Todavia, ignoram que até mesmo Lucas, o mais gentio dos evangelistas, não endossa isso, pois mostra que Jesus foi criado em Nazaré (4.16) e ficou pelas circunvizinhanças.
Outro ponto de grande destaque é o nascimento virginal de Jesus. Este livro não cita a referencia de Isaias. Como fez Mateus, uma vez que tem em mente os gregos. Mas, por outro lado, narra a visitação de anjo Gabriel (1.26), que serve para endossar a virgindade da concepção de Maria, já que alguns críticos negam essa verdade, alegando que a palavra para “virgem”é apenas “donzela”. Mas Lucas confirma o fato da virgindade da concepção usando outras bases (1.27).
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