Criar um Site Grátis Fantástico
 Com Jesus
nation2.com

Introdução ao Livro de Apocalipse

Título

O nome é a transliteração da palavra grega apokalypsis, cujo significado é: “revelação”, “desvendamento”. O termo é utilizado no Novo Testamento em 2Tessalonicensses 1.7 e 1Corítios 1.7.

Autoria e Data

Segundo a tradição, o autor é o apóstolo João, um dos doze seguidores de Jesus. João teria sido exilado na ilha de Patmos pelo imperador Diocleciano. Fora deixado ali por esse homem para que perecesse em meio às serpentes venenosas (1.9). Mas, conforme a referencia 10.11, é Possível inferir que João conseguiu sair daquele lugar e estabelecer-se em Éfeso, onde teria escrito o livro, por volta do ano 90 d.C.

Assunto

É o único livro integralmente profético de Novo Testamento. Parece resumir em si diversas referencias dos profetas do Antigo Testamento, lançando mão de seus termos, expressões e imagens. O estilo em que foi escrito, “apocalíptico”, foi uma maneira desenvolvida a partir do século 2º antes de Cristo. É caracterizado pela abundancia de visões e revelações (1.1;9.17). Dentro do cânon de Antigo Testamento, o livro de Daniel apresenta o mesmo estilo, bem como algumas porções de Ezequiel, fora do cânon, o exemplo mais conhecido é o livro de Enoque.
Descreve, em sua maior porção, eventos do mundo espiritual que refletem no mundo físico. Fala de assuntos variados, como, por exemplos, a situação espiritual de sete igrejas da Ásia Menor (2.1-29;3.1-22), a adoração no céu (4.1-11;5.1-14;19.1-10), os juízos de Deus sobre a terra (8.3-13;9.1-21;11.15-19), o governo da besta (13.1-18), o martírio dos justos (6.10), o milênio (20.2-7) e a nova Jerusalém (3.12;21.2), o novo céu e a nova terra (21.1).
Alguns enxergam, nestas visões e revelações, eventos que ocorreram nos primeiros séculos da Igreja. Outros acreditam tratar-se de acontecimentos realizados durante a era Cristã. Há aqueles que os apontam como se fossem eventos futuros. Existem ainda outros que os enxergam como uma representação simbólica da luta entre o bem e o mal.

Ênfase

A primeira questão que envolveu este livro foi a respeito de sua autoria. Muitos contestaram a afirmação de João referido seria o apostolo, autor dos evangelhos e das epistolas que trazem o seu nome. Diferente de estilos e vocabulário foram os principais fatores na discordância. Estas bases de negação, todavia, se fundamentaram na falsa premissa de que um mesmo autor não pode variar vocabulário e estilo na confecção de sua obra literária.
O grande historiador da Igreja, Eusébio de Cesareia, também se referiu às dificuldades que envolveram a inclusão deste livro no cânon. Isso apenas demonstra que as obras não foram fixadas, arbitrariamente, dentro de uma coleção, antes, uma ampla discussão antecedeu sua canonicidade. As dificuldades de comunicação foi o principal fator que causou problemas à unanimidade quanto ao reconhecimento deste e de outros livros neutestamentários.
Por seu caráter extremamente simbólico, este livro sempre apresentou problemas de interpretação e, por isso, serviu de fonte para diversas distorções ao longo da historia. Entre as mais comuns que poderíamos citar, e que subsistem nos tempos recentes, temos a interpretação das Testemunhas de Jeová, que, baseadas neste livro, ensinam que existem duas classes diferentes de cristãos: os 144 mil e a grande multidão (7.4-8).
Outra interpretação, desta vez empregada pela Igreja Católica, esta relacionada à mulher com o sol sobre a cabeça. Segundo entendem os católicos, é uma referencia a Maria (12.1-17).

comunidades.net
comunidades.net