Apócrifos do Antigo Testamento
Havia diversidade de conceitos sobre os livros do Antigo Testamento entre os povos contemporâneos dos hebreus. Os saduceus, por exemplo, valorizavam somente os livros mosaicos (Pentateuco) como genuinamente inspirados. Os adeptos do farisaísmo, da região palestina, criam nas obras veterotestamentárias tal e qual aparecem nas atuais Bíblias utilizadas pelos evangélicos. Já os judeus helenistas respeitavam essencialmente o cânon que foi atribuído à Bíblia empregada pela Igreja Católica Romana, a mesma que é utilizada ainda hoje.
A tradução grega do Antigo Testamento, chamada Septuaginta (ou Versão dos LXX apóstolos), agregou em seu conteúdo os chamados apócrifos. Esta situação acabou levando os cristãos da época, que não possuíam uma definição ditada pelos doutores, a considerarem a autenticidade dos apócrifos, o que prevaleceu ate o ano 400d.C., aproximadamente, quando Jerônimo, autor da Vulgata Latina, desclassificou as obras por entender que não traziam coesão doutrinaria com os demais livro, muito embora a Igreja oriental pré-patristica e a ocidental, que precedeu a Reforma Protestante, continuassem a creditar legitimidade a essas obras.
Após a reforma, o colegiado aclesial atribuiu nova e diversificada classificação a tais livros, como:a) comuns (não-sagrados), adotada pela congregação de Westminster; e b) registros de exemplos morais e históricos (descartando o emprego doutrinário), conforme versaram a bíblia de Genebra, os Trinta e Nove artigos da Igreja Anglicana e a Igreja Oriental.
A sagração dos apócrifos ao emprego da Bíblia Católica Romana ocorreu no Concilio de Trento(1546-1548), quando foi descartada a classificação de Jerônimo, que não os havia incluindo em sua Vulgata, desprezando, todavia,as obras:a) I e II Esdras e b)A oração de Manasses.
A Igreja Ortodoxa Grega entende que a posição correta é a do Concilio de Trulan (692), o qual adotou, na íntegra, o emprego das obras que hoje são tidas como livros apócrifos.
A relação dos apócrifos da Bíblia Católica contém sete títulos e alguns acréscimos: Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc, Acréscimo em Daniel e Acréscimo em Ester.
Entre os quais, podemos destacar uma serie de narrativas comprometedoras quanto à legitimidade da reclamada inspiração, tomando por base o texto anotado na versão da Bíblia de Jerusalém.
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